2017/04/30

Oitenta participantes na caminhada de 25 de Abril: pela saúde, pelo convívio, e também pela defesa da natureza, por novos caminhos em redor do Vale de Santarém

Foi uma caminhada muito participada, com muito bom ambiente. E também vimos o que alguns, infelizmente, continuam a fazer de mal aos outros, à nossa terra e à natureza. 

Inserida nas comemorações dos 43 anos do 25 de Abril de 1974, patrocinadas pela Junta de Freguesia do Vale de Santarém, podemos dizer que esta foi mais uma caminhada muito bem sucedida, pois, além do grande número de participantes - exactamente oitenta - estiveram pessoas de todas as idades, como os vídeos mostram, num ambiente de muita entrega e são convívio.

Saímos do jardim público pouco depois das 9 horas, e dirigimo-nos depois ao Rio das Patas, flectindo para a Rua das Paponas e continuámos até à pequena lagoa de Arbila, um local muito pouco conhecido da generalidade dos caminheiros. Foi aí que se fez o reabastecimento, sensivelmente a meio do percurso que, na totalidade, foi de pouco mais de 10 km. É, junto à lagoa de Arbila, que está um marco histórico: ali se encontram quatro freguesias: Almoster, Póvoa da Isenta, Vila Chã de Ourique e Vale de Santarém. Quem quiser, e souber lá ir, verá que, no marco, estão bem vincadas as "orientações" das quatro freguesias.

Foi aqui também, junto à lagoa, que vimos passar os participantes numa prova de atletismo dos nossos vizinhos da Póvoa da Isenta, acompanhados por alguns praticantes de BTT. Oportunidade também para vermos, mesmo na lagoa, os atentados que alguns continuam a praticar: não só descargas de materiais de obras e restos de recheio de casas, como também recipientes de produtos para tratamento de vinhos, aliás produtos tóxicos, conforme se lê nos próprios invólucros encontrados. 

Infelizmente, ao longo do resto do trajecto, surgiram outras situações deste tipo. Um mal que continua, a revelar que a educação em geral, e a educação ambiental, em particular, continuam a afectar muita gente, ainda. Isto porque, como se sabe, há formas de resolver estas situações e, se as pessoas não sabem, basta perguntarem na sua Junta de Freguesia. Atirarem para a beira das estradas, ou em qualquer carreiro, o que já não lhes interessa ter nas suas casas, é deitar para a casa de todos nós - a natureza - aquilo que, sabemos, pode ter outro destino, inclusive com algum préstimo posterior. Portanto, há que mudar tais comportamentos, começando por aqueles que são os seus autores, obviamente.

Apesar desses aspectos menos positivos do que observámos (e que são um ensinamento para todos os participantes, para o que não se deve fazer...) a caminhada prosseguiu em bom andamento, pela estrada do Bairro Falcão, na extrema com Vila Chã de Ourique, com uma segunda paragem para o sorteio que havíamos prometido. Tirados à sorte dois números, vieram a ser contempladas: Diana Amaro, uma menina, e Ana Timóteo, adulta. Cada uma recebeu uma camisola, com uma estampagem de lindos motivos do Vale de Santarém, oferta do Movimento Ecologista. Depois, foi o regresso, desde os Marecos, pela longa e conhecida descida até ao sítio do Moinho de Cima, e, dai, atravessando de novo o Rio das Patas, ao Jardim Público, onde terminámos.

A caminhada demorou um pouco mais do que o previsto. Ainda assim, com o prazer de terem participado, foram muitos os que perguntaram quando haverá outra, ao que informámos: em Outubro, com certeza, se não for antes, mas saber-se-à em devido tempo. 

Foi mais uma vez muito agradável, para nós, Movimento Ecologista, contar com tantos participantes, numa acção que deu a ver mais um pouco da envolvente da nossa terra, num dia de sol, com os campos cheios de flores e perfumes intensos desta época do ano. E foi muito positivo, também, mais uma vez, contarmos com a presença de pessoas na casa dos setenta e muitos, assim como de crianças e jovens. Muitos pela primeira vez, afirmando quererem continuar. Assim seja!

É justo referir o nosso agradecimento ao Grupo de Dadores de Sangue do Vale de Santarém, pela cedência de garrafas de água, muito úteis em dia de algum calor, assim como a colaboração da Enfermeira Célia Oliveira, que mais uma vez compareceu, participando na caminhada e estando disponível para alguma situação que carecesse da sua especialização.

Mais uma referência importante: ao trabalho de fotos, vídeos e respectiva montagem, por parte de Leonel Murta, que nos permite partilhar aqui, como já fizemos no facebook.

Uma última referência para a condução da caminhada, por parte da coordenação do Movimento, que esteve a cargo de Alfredo Lobato, Francisco Ferreira, Nuno Pisco e Virgílio Pereira, com Manuel Sá no apoio com viatura.

No final, fica-nos o prazer desta realização, e pela afirmação dos ideais que a nortearam: a prática de exercício físico em ambiente de natureza, o contributo para a saúde, o convívio, o conhecimento dos arredores (limites) da nossa freguesia e a defesa de práticas correctas para o meio ambiente. Tudo isto numa data histórica, de muito significado, para nossa atitude de cidadãos livres e independentes: o 25 de Abril.

Quanto aos dois vídeos, ficam abaixo os links respectivos.

Com saudações ecologistas

A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém

Alfredo Lobato - Carlos Jorge Calheiros - Carlos Vieira - Francisco Ferreira - Manuel João Sá - Nuno Pisco - Pedro Adriano - Virgílio Pereira. 

Vídeo de Leonel Murta


Vídeo do Movimento Ecologista do Vale de Santarém



2017/04/19

Nós e as comemorações do 25 de Abril

O Movimento Ecologista do Vale de Santarém é uma daquelas organizações cuja existência só foi possível porque houve uma mudança política, de grande significado, em Portugal, no dia 25 de Abril de 1974. Mas, muitas outras organizações (e tanta, tanta "coisa" mais, de natureza positiva) só aconteceram porque houve o 25 de Abril. 

Por exemplo, podermos falar, livremente, sobre o nosso país, sobre as suas instituições, os seus poderes, podermo-nos candidatar, podermos eleger e sermos eleitos para os órgãos de poder democrático, como as assembleias de freguesia, de concelho, da República... podermo-nos associar em organizações políticas, sindicais, de cidadania, como o nosso Movimento, sem medos, sem repressão, sem polícia política, como a PIDE, e outros órgãos associados, como a Legião, podendo-nos assumir em diversos domínios, mesmo que erremos, mesmo que a nossa escolha, mais tarde, para nós, se revele ter sido a menos acertada... 

Por isso, o 25 de Abril não é só uma data, para uma festa. É muito mais do que isso. Foi o dia do início do fim de um tempo negro e triste do nosso País, um ponto de partida para um Portugal, novo, muito diferente para melhor, o qual foi conseguido, mesmo com dificuldades, mas com um saldo que nada tem a ver com o passado: falta de liberdade, repressão, atraso, fome, guerra colonial. 

Quem viveu isso e o esquece, e também alguns que não viveram esse tempo, aparecem por vezes a suspirar pelo retorno a esse passado. Ora, temos de dizer, abertamente, que, pela nossa parte, Movimento Ecologista do Vale de Santarém que, independentemente da orientação política e/ou filiação partidária de quem quer que seja, que respeitamos (o nosso Movimento não tem, nem terá qualquer orientação político-partidária ou confessional) o nosso lado é este: o da perspectiva e prática de liberdade, da cidadania pela defesa e preservação do Meio Ambiente, contra todas as práticas que isso contrariem e, obviamente, comungando inteira e activamente pelos ideais de LIBERDADE POLÍTICA, DE CIDADANIA ACTIVA e de PAZ, que o 25 de Abril permitiu fazer nascer e desenvolver.

Por isso, estamos nas Comemorações do 25 de Abril, promovidas pela Junta de Freguesia do Vale de Santarém, não só porque é/também deve ser UM DIA DE FESTA, mas porque integramos em nós e defendemos esses ideais na nossa própria acção, e assim queremos continuar.


A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém.



2017/04/18

No dia 25 de Abril, caminhada no Vale de Santarém

Mais uma vez, no âmbito das comemorações do 25 de Abril, promovidas pela Junta de Freguesia, com diversas realizações a cargo das associações e colectividades, vamos caminhar por zonas da nossa terra que são pouco conhecidas. 

Queremos aliar a descoberta dessas zonas, que marcam os limites com outras freguesias, ao prazer de caminhar em ambiente de natureza, proporcionando assim o convívio saudável, o conhecimento de ervas, flores, plantas e árvores, e a consciência da necessidade de todos contribuirmos para a preservação e defesa do meio ambiente.

As inscrições estão abertas, podendo ser feitas conforme se diz no cartaz abaixo.



A caminhada sairá às 9 horas do Jardim Público, seguindo pelo Rio das Patas, Rua das Paponas, até à Lagoa de Arbila, nas proximidades da qual se fará paragem para reabastecimento. Depois segue-se até aos Marecos, retornando pelo Moinho de Cima, Fábrica das Tripas e regresso ao Jardim.

Será de cerca de 8 km, e terá a duração aproximada de duas horas e meia.

Agradecemos que as inscrições sejam feitas antecipadamente, pois temos de saber com quantas pessoas contamos, para o seguinte: seguro e reabastecimento.

As inscrições não são pagas.

Haverá um sorteio, de dois artigos surpresa, no reabastecimento. Um desses artigos é para criança até 11 anos, outro é para adulto.

Desta vez não temos almoço. Quem quiser poderá inscrever-se para o almoço que outras colectividades têm previsto realizar nesse dia.

A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém